31/01/2018
Escolher o melhor modelo de tributação não é uma tarefa simples, porém é algo que deve ser feito quando se está empreendendo. Quando se trata de empreendedores do ramo da fisioterapia, a responsabilidade é ainda mais árdua. Isso porque esse profissional não recebeu formação técnica relacionada a essa área, o que torna a decisão nem um pouco trivial.
Apesar disso, não é impossível para o fisioterapeuta estudar e ficar a par do tema por conta própria. Podemos dizer que esse é um grande primeiro passo para poder optar pelo melhor modelo para o seu empreendimento.
Se você se encontra nessa situação, confira o post que preparamos e entenda como funciona cada modelo de tributação para, assim, escolher o ideal para a sua realidade. Acompanhe!
Modelo tributário ou regime de tributação nada mais é do que o sistema de cobrança de impostos que é aplicado em uma empresa. Pois bem, os impostos cobrados variam de acordo com o modelo escolhido pelo negócio e o seu volume de arrecadação ao longo do ano.
É importante que a escolha do modelo seja feita corretamente, pois ela determinará como serão as bases de cálculo dos impostos federais, estaduais e municipais. Sendo assim, estes poderão ser menores ou maiores, tudo vai depender dessa escolha.
Deu para perceber que essa escolha é algo muito importante, não é mesmo? Por isso, sugerimos fortemente buscar auxílio profissional para tomar essa decisão. Ressaltamos que conhecer os regimes tributários disponíveis também ajuda a entender melhor esse processo.
Agora que você já sabe da importância de tomar conhecimento sobre os modelos tributários no Brasil para decidir qual escolher para o seu negócio, vamos falar um pouco mais sobre cada um deles. Veja abaixo quais são as opções disponíveis:
O primeiro modelo de tributação que vamos apresentar é o Simples Nacional. Antes de mais nada é preciso que você saiba que, para que o negócio se encaixe nesse regime, é preciso cumprir alguns requisitos:
Além disso, é preciso cumprir outros requisitos que envolvem a legislação e formalização da escolha por esse modelo. No Simples Nacional, os impostos cobrados sobre a receita bruta variam de acordo com a atividade da empresa. Geralmente os percentuais começam em 4% e podem terminar em mais de 17%.
Dentre as vantagens de aderir a esse regime, destacam-se a facilidade no processo de contabilidade, no que diz respeito à arrecadação de impostos. Além disso, o CNPJ será o único identificador da inscrição do negócio. Porém, há a desvantagem dos impostos serem calculados sobre o faturamento anual e não sobre o lucro obtido ao longo do ano.
Para o fisioterapeuta que trabalha sozinho é preciso verificar até que ponto esse modelo vale a pena, pois o valor do imposto pode mudar caso ele não tenha funcionários. Vamos falar um pouco mais sobre o assunto no último tópico deste post.
Já o Lucro Presumido é um modelo de tributação baseado nos cálculos sobre o lucro que o negócio pode ter a partir de suas receitas brutas.
Os requisitos para a empresa poder entrar nesse modelo são:
Esse modelo tem como ponto forte ser mais simples de trabalhar do ponto de vista da contabilidade e também o fato de o imposto cobrado ser pré-fixado em 8%. Ou seja, independentemente do valor do lucro durante o ano, ele continua o mesmo.
Apesar disso, esse modelo não oferece uma maneira de crédito para abatimento do pagamento do imposto, tal como o Lucro Real oferece. Além disso, se o lucro também for abaixo do esperado, o imposto a ser pago continua sendo os 8%.
Para o fisioterapeuta é preciso analisar cuidadosamente se esse modelo é a melhor opção. Por isso é importante consultar o seu histórico de lucro, visto que é possível pagar uma alíquota abaixo de 8% optando pelo Simples Nacional.
Já o Lucro Real é o modelo de tributação mais complexo de todos. Isso porque o cálculo dos tributos a serem recolhidos são feitos por meio dos registros contábeis da receita, retirando os gastos do período. Lembrando que o Imposto de Renda e a Contribuição Social só serão recolhidos se houver lucro no período de incidência.
O requisito para que uma empresa entre nesse regime é ter um faturamento anual acima de R$ 24 milhões, além das organizações que têm rendimentos vindos de transações internacionais. Ou seja, ele é aplicado somente para empresas com grandes movimentações financeiras.
Assim como falamos, esse modelo apresenta um maior rigor tributário e não é o mais indicado para um fisioterapeuta, a não ser que ele tenha uma empresa de grande porte que atue no ramo.
Agora para 2018 já estavam previstas algumas mudanças que podem impactar, principalmente, o fisioterapeuta empreendedor ao longo do ano. A principal delas está no regime do Simples Nacional, que a partir de janeiro desse ano exigirá que a empresa contida nesse modelo gaste ao menos 28% do seu faturamento com a folha de pagamento, incluindo o pró-labore dos sócios.
Lembrando que o cálculo de pagamento do imposto é feito com base nos últimos 12 meses, tanto no faturamento, quanto nos gastos com a folha de pagamento. Ou seja, o ano de 2017 ainda pode impactar 2018. Sugerimos, então, que os profissionais da área solicitem ajuda aos especialistas e também para as consultorias da área, a fim de entender se ainda vale a pena continuar nesse modelo de tributação.
Agora que já tem condições de saber qual é o modelo de tributação ideal para você, aproveite e confira mais um de nossos posts e continue aprendendo: Profissional Liberal ou Simples Nacional: qual é o melhor regime?
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