Entre os documentos resultantes da escrituração e que são usados na gestão de uma empresa, temos o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE). Essa demonstração atesta o lucro líquido do negócio para o período levando em contas receitas e despesas lançadas durante ele.
Ou seja, a demonstração é de emissão obrigatória por lei e, ao mesmo tempo, uma ferramenta gerencial. Por isso, ela é muito importante, precisa ser elaborada com exatidão e não pode deixar de ser feita após o encerramento de cada ano.
Para entender melhor o assunto e a demonstração, veja como ela é feita e estruturada, para que serve e como é analisada.
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Como fazer o DRE?
Basicamente, a montagem do DRE consiste em calcular receitas e despesas a alocá-las em subcontas, até que sobre o resultado final — o lucro líquido do período.
Veja agora um exemplo de estruturação com números hipotéticos:
- faturamento bruto de serviços ou vendas: R$ 300 mil;
- (-) impostos diretos: R$ 35 mil;
- (-) devoluções ou cancelamentos: R$ 10 mil;
- FATURAMENTO OPERACIONAL LÍQUIDO: R$ 255 mil;
- (-) despesas com compra de materiais ou produtos: R$ 50 mil;
- LUCRO BRUTO: R$ 205 mil;
- (-) despesas gerais e administrativas: R$ 60 mil;
- LUCRO LÍQUIDO ANTES DOS IMPOSTOS SOBRE O LUCRO (apenas para empresas não optantes pelo Simples Nacional): R$ 145 mil;
- (-) provisão de impostos sobre o lucro: R$ 50 mil;
- RESULTADO DO EXERCÍCIO: R$ 95 mil.
Para que serve o DRE?
Legalmente, é uma das obrigações que as empresas têm de cumprir. Contabilmente, o demonstrativo apresenta o lucro do último ano com base nos registros feitos pelas contas de resultados da escrituração contábil.
Agora, no sentido gerencial, a serventia do DRE está em possibilidades como:
- analisar a lucratividade do período;
- comparar a lucratividade de diferentes períodos;
- analisar despesas em relação ao faturamento;
- avaliar o lucro em relação à receita bruta.
Em suma, são práticas de análise de indicadores financeiros que servem tanto para controlar e analisar as finanças quanto para tomar decisões sobre a empresa em relação a outras áreas.
Como analisar o DRE?
Existem duas formas de análise: a vertical e a horizontal. Cada uma serve para uma finalidade e ajuda a extrair um tipo de respostas sobre o demonstrativo.
Análise vertical
Nessa análise, utiliza-se apenas um demonstrativo: o que precisa ser analisado. Então, percentuais são marcados verticalmente na relação entre diferentes componentes do documento.
Por exemplo, na hipótese que colocamos de estruturação, temos um faturamento de R$ 300 mil e despesas gerais de R$ 60 mil. Logo, esses custos representam 20% da receita bruta. Então, esse percentual seria colocado ao lado do total de despesas gerais, indicando o que ele significa.
Dessa forma, o responsável pode relacionar todos os números do documento entre si, além de estabelecer ligações entre eles.
Análise horizontal
Nesse formato, mais de um período é avaliado para fazer as comparações. Portanto, diferentes DREs são colocados lado a lado, para que se visualize o progresso, aumentos e reduções nos números.
Depois da organização dos documentos lado a lado, percentuais são atribuídos aos números comparados. Por exemplo, se no DRE mais antigo houve lucro líquido de R$ 80 mil e, no posterior a ele, o lucro foi de R$ 88 mil, a marca de +10% é colocada ao lado dos R$ 88 mil.
Pela importância, pelas complexidades na elaboração e por servir gerencialmente à empresa, é fundamental contar com especialistas em contabilidade para fazer o DRE e utilizá-lo corretamente. Isso porque qualquer erro o torna inútil para questões gerenciais, além de poder gerar penalidades do Fisco pelo envio de informações inconsistentes.
Então, entre em contato conosco para manter em dia e com exatidão a sua contabilidade e poder usá-la na gestão da sua empresa!
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